A imagem corporal sempre impactou a autoestima feminina: muitas mulheres não se sentem bonitas, focando-se nas imperfeições e naquilo que podia ser melhorado. Atualmente, a imagem corporal tem um impacto ainda maior: grande parte das mulheres acaba por interiorizar o modelo de corpo perfeito estereotipado pelas redes sociais, pelas revistas, pela televisão, comparando-se sempre às características de outras mulheres em detrimento das suas.
Neste sentido, também os glúteos e as nádegas têm vindo a receber mais atenção, existindo uma preocupação maior com o seu volume e/ou forma. Esta parte do corpo é cada vez mais percecionada como símbolo de sensualidade e juventude. Contudo, muitas mulheres não gostam de se ver de biquíni ou até mesmo da forma como as calças assentam, interferindo com a sua autoestima e respetiva qualidade de vida. Mas o que pode então ser feito para mudar a forma ou o tamanho dos glúteos?
A gluteoplastia é uma intervenção cirúrgica que permite aumentar o glúteo e que pode ter como objetivo o aumento do volume global, a melhoria da forma, a correção do contorno ou pequenas assimetrias.
Conforme aquilo que a paciente pretender, a gluteoplastia pode ser realizada através da colocação de próteses de silicone, da infiltração de enxertos de gordura retirados de outros locais do corpo, onde esta esteja acumulada, ou de uma combinação dos dois procedimentos. O volume conseguido com próteses será, na maioria dos casos, superior ao conseguido com infiltrações de gordura. Por vezes, quando o volume desejado é de grande dimensão pode ser necessária mais do que uma sessão de injeção de gordura e é sempre necessário que exista gordura suficiente, em excesso, noutra parte do corpo. Os enxertos de gordura (lipofilling) também são utilizados com frequência para a correção de pequenas assimetrias ou irregularidades de contorno. Dependendo da técnica escolhida, a cirurgia pode demorar de duas a quatro horas, sendo realizada com anestesia geral.
Depois da gluteoplastia a paciente é acompanhada de perto, sendo recomendada a toma de analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor. Nas duas semanas seguintes, deve evitar sentar-se sobre o implante ou a área preenchida com gordura e dormir de barriga para baixo, para não fazer pressão na zona intervencionada. Passados os primeiros 15 dias, o inchaço terá passado e o resultado final começará a surgir. Passado um mês, já é possível fazer caminhadas e outros exercícios leves e às seis semanas também já é aceitável outros desportos mais exigentes.
Após a fase de recuperação da gluteoplastia, o volume e as novas curvas obtidas são definitivos. Habitualmente, os resultados traduzem-se numa forma mais arredondada, a zona lateral mais preenchida e num glúteo mais levantado e com maior projeção.
No entanto, e apesar de cada vez mais mulheres procurarem ter glúteos maiores ou mais bem definidas, uma das preocupações é garantir que, após o procedimento, os glúteos terão uma aparência natural. Aquando da gluteoplastia, a paciente poderá escolher o tamanho e a definição que pretende e em conjunto com o médico discutir qual o tipo de intervenção que mais se adequa a si e ao seu corpo. Além disto, tendo disponível a tecnologia atual, o risco de resultados não pretendidos é muito reduzido.
É preciso ter-se mente que cada caso é um caso e não se pode lidar com o corpo como se existisse um único padrão. Em cada intervenção é necessário avaliar o contexto e os objetivos da paciente. É muito importante que todo o processo de decisão seja feito em conjunto pelo médico e pela paciente.